sexta-feira, setembro 08, 2006

Vontade de escrever (ou desabafo)...

Estou com vontade de escrever... nem sei sobre o quê. Mas vou escrever mesmo assim. Escrever pode ser terapia também, o que pode ser bom já que ando meio "baleado". O estômago dói, pode ser gastrite de novo, não sei. Vou no médico na terça, endoscopia e tal. O pior é que acordei com dor de garganta, coriza e o corpo cansado, quase dolorido. Dizem que desabafar ajuda... Estou tentando!

Andei lendo um pouco como doenças são geradas. A visão holística do assunto. Parece que, mais uma vez, falta amor... Fazemos coisas das quais não gostamos. Depois não nos perdoamos. Nos preocupamos com o que não poderíamos (no meu caso, acho que é o final do doutorado... queria terminar em dezembro, mas está difícil. Já mudei a data para janeiro na minha cabeça. Mas mesmo assim não é fácil. E em vez de me contentar em trabalhar despreocupada-, mas ativa-mente, deixo isso me preocupar). Gostei disso: "não poder se preocupar". Não é que não se indica ou não se deve, é ainda mais forte. E a nossa falta de bagagem nos faz acreditar que preocupações nos podem ajudar. Mais uma ilusão pregada pelo nosso conciente. Mas como é que eu estou aqui, escrevendo essas coisas e sou responsável por elas ao mesmo tempo. Mentes são complicadíssimas, não?

Ao mesmo tempo que as preocupações nos alertam (super-alertam) para o que queremos fazer, me parece que elas nos desmotivam a fazê-lo. Vejo isso em mim, mas em muitas outras pessoas também. Um amigo aqui do laboratório vai fazer a prova de admissão dele daqui a duas semanas. Começou muito bem no estudo, está sabendo mesmo, mas falta uma semana e ele está preocupadíssimo em estudar mais, se forçando mesmo. Mas ao mesmo tempo não tem motivação para estudar. Está aí: preocupação exagerada piora a nossa performance em qualquer lado da vida. Mas como chegar a um nível legal de auto-conhecimento, nível que nos faça distiguir quais tipos de preocupação ajudam e passar a só tê-las desses tipos? Como se manter imune a tanta idéia pronta de que precisamos ser fortes para sobreviver no mercado (nem é no mundo mais...)? Como ser sempre verdadeiros e fiéis aos nossos princípios? Exemplo: como vai se falar coisas complicadas "sobre o" e "para o" chefe, sendo que ele tem 99% de poder sobre a possibilidade de se completar o doutorado? Como, ou para que, preocupar a mãe, que já tem doenças e preocupações suficientes e está a milhares de quilômetros, contando que se está doente? Aí se acaba de mal humor, doente e meio triste. Ah! E se afeta as pessoas mais queridas em volta.

Apesar de se enxergar tudo isso, como é que não se consegue mudar? Daí essa vira outra preocupação... Talvez nos desmotive também. Quero pensar mais sobre isso. A única conclusão que tenho, por enquanto, é que ainda sou uma criança para esssas coisas. Sei de quase nada. A vantagem é que as crianças querem aprender. A desvantagem é que já tenho uma certa idade e me cobro por não pôr em prática as idéias mais simples.

1. Não se preocupar com o que não se pode.
2. Não se desmotivar com o que não se quer.
3. Não digerir as coisas na força. Compreensão é o que há...
4. Não se esquecer de que ainda somos crianças. Perdoar-nos é o que há...
5. Não ter medo demais. Aventurar-se é o que há...

Tem gente que diz que não é bom começar lições com "não". Pode vir daí toda a dificuldade. Então pode-se re-escrever as idéias.

1. Manter as coisas simples. Nada melhor do que um pirão d'água...
2. Manter-se alegre. Olhar o mundo é o que há...
3. Perdoar, já antes de julgar parece, já, mais claro.
4. Lembrar o quanto é bom brincar com um brinquedo novo.
5. A coragem é o que faz o mundo mudar.

Mas o bom mesmo é fazer tudo isso na prática. Algumas são difíceis de conciliar... Mas tudo bem, porque sozinhas elas já são difíceis mesmo. Mas deve ser temporário, depois que uma começa a se mexer, tudo anda.

Só de escrever isso tudo acho que devo ter melhorado de uns dois sintomas... Mas como os entendidos dizem, o que importa é curar a causa... vou trabalhar agora.

Bom final de semana,
Marcelo

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